Vida de um Erasmus: maio 2007

E eis que de repente sou uma estrela de cinema!!

Passo então a explicar. Começaram agora as filmagens de uma série de 40 episódios sobre o actor / karateca falecido Bruce Lee. Como estavamos na China e o objectivo era filmar um campeonato de karate passado nos Estados Unidos, alguém da produção mandou um e-mail para a nossa Universidade a dizer que precisavam de estrangeiros para figurantes. De imediato esse mail foi reenviado para todos os erasmus e as respostas não se fizeram esperar. No fim, com algumas desistências acabamos por ser só sete. De qualquer das formas, foi extremamente divertido (à excepção do segundo dia onde passamos dez horas no mesmo sitio) mas ao mesmo tempo bastante cansativo. Trabalhavamos 10 horas por dia com intervalo de 20 minutos para almoço e tinhamos que acordar as 6h30 da manhã.

No final, devido à escassez de estrangeiros acabamos por acumular diversos papéis (sim, porque não eramos uns figurantes quaisquer). Assim sendo acabei por ser reporter, karateca, júri, público e finalmente árbitro, tendo sido este o meu papel mais importante, com direito a falas e a uma cena deveras complexa em que tinha que separar Bruce Lee e um outro lutador prestes a pegarem-se. Enfim, acabou por ser divertidissimo e uma experiência a recordar.

Os primeiros passos para Hollywood estão dados!

Deixo-vos com algumas fotos.

P.S.: A partir de agora se me quiserem contractar para filmes contactem o meu agente

Link da notícia sobre a série no DN

http://dn.sapo.pt/2007/04/11/media/televisao_publica_chinesa_quer_reabi.html

Eu e um belga como reporteres

Preparação das cenas de luta

Actor do filme que punha sempre duas cadeiras para parecer mais alto

Foto de grupo

América nos anos 60!

Local onde passamos 10 horas no segundo dia...

Poucas horas de sono durante a noite resultaram nisto...

Pequena sala com ar-condicionado e sofás. Um paraíso

Eu e o actor que faz de Bruce Lee. As duas estrelas da série!!!

Eu, como árbitro, e uma alemã, como júri

Um dos realizadores

Eu e o actor que faz de Bruce Lee em amena cavaqueira

Eu e um belga com maquilhagem

Eu a ser barbeado... coisas de estrela

Barbinha feita, maquilhagem e carradas de laca para por o meu cabelo para tras...

A melhor parte do dia: o pagamento

Um dos realizadores. Esta foto expressa muito bem como ele era

Mais uma viagem à Tailandia, a quarta, desta vez a pedido de cinco amigos vindos de Portugal.

Depois de dois dias em Macau, de lhes dar um cheirinho do que é a vida de um erasmus por cá (faculdade, festas e... casinos), lá partimos para a Tailandia. Bangkok foi o primeiro destino. Em Bangkok visitamos uns quantos templos, o Palácio Real e claro a rua das compras. A destacar também foi o tempo que demoramos numa agência de viagens enquanto decidiamos o que fazer durante as férias: uma hora e meia. Como não se chegou a nenhum consenso decidimos dividirmo-nos: eu fui para o norte, ver o tal outro lado da Tailândia, ainda desconhecido para mim; o restante grupo foi para sul, para as ilhas (que eu ja tinha visitado). O ponto de encontro ficou marcado para dali a três dias em Koh Phangan, uma ilha desconhecida para mim.

A minha viagem ao norte foi muito curta mas não houve tempo para mais (uma vez que sou pobre e não tenho dinheiro para fazer viagens de avião). No norte fui a Chiang Mai, a maior cidade do norte onde estive pouco mais de 24horas. Por lá tive apenas tempo de fazer um tour de um dia que inclui passeio de elefante, andar durante uma hora (sob um sol abrasador e 40ºc) até encontrar uma catarata e nela tomar banho, uma visita a duas tribos no meio das montanhas e finalmente rafting em jangadas de bambu ao melhor estilo de Huckleberry Finn. Um dia bem aproveitado mas o qual acabei exausto. No dia seguinte tive apenas tempo de dar uma volta pela parte antiga da cidade e de visitar um mercado. Pouco depois ia iniciar a maior viagem que fiz por estas bandas em alguns meios de transporte que já não se encontram na Europa há mais de 50 anos. Foram 40 horas de viagem divididas por dois comboios, um dos quais sem ar condicionado (os 40ºc mantiveram-se) e depois um barco que podem ver no video em baixo para ficarem com uma certa ideia de como foi...

Chegado à ilha, e após algumas trocas de informação falhadas com o resto do grupo, lá nos encontramos e começamos a fazer a vida normal de praia. Essa vida normal de praia durou duas horas, pois a partir daí e até ao fim não mais vimos o sol, choveu constantemente e as horas de praia foram muito poucas. Ainda deu para darmos umas voltinhas de carro pela ilha (alugamos um jipe apenas por dois dias e mesmo assim ainda conseguimos - leia-se o Hugo conseguiu – deixar a chave dentro e trancar o carro num desses dias). Depois o grupo dividiu-se novamente porque uns tinham que voltar a Portugal, enquanto que eu e o David decidimos ficar para a Full Moon Party. Passamos dois dias sozinhos, sem muito para fazer, a dividir o tempo entre praia (quando não chovia), idas à internet e relaxar no bar da Guest House onde estavamos. Depois lá veio a Full Moon Party, uma das maiores festas do Sudoeste Asiático que junta mensalmente (em dias de lua cheia) entre dez a quinze mil pessoas numa praia com música, bares e muita animação.

E assim se passou mais uma visita à Tailândia...

Beijos e abraços a todos

Até à próxima

Barco para Koh Phangan